Entre os dias 22 e 25 – portanto até domingo acontece a 1ª FEIRA NACIONAL DA REFORMA AGRÁRIA., com entrada franca. Confesso bastante envergonhada que o nome me provocou um certo desconforto, já que remete automaticamente a más notícias… ainda bem somos seres dotados de raciocínio e capazes de discernir e superar preconceitos. A visita foi deliciosa e estou me preparando para retornar, assim que terminar a matéria, porque bobinha de tudo, me esqueci de levar dinheiro e não é possível pagar de outra forma, pelo menos aquilo que me interessou…Como não tinha tempo para conversar com todo mundo e nem comprar tudo pelo motivo já explicado acima, optei pelo mel, que junto com as mostardas é uma das coisas que mais gosto de provar.
Na barraca de Minas Gerais, conheci a Rejane e a Maria das Dores vendendo o mel de florada de aroeira… o melhor mel que já provei na vida; não é super doce e tem um sabor indescritível. Tem também uma geleia de cajuí, uma frutinha (castanha) do serrado… elas explicam tudinho e até trouxeram a castanha pra mostrar. A Rejane faz coleção de moedas: tem centenas, de várias datas e países - se alguém tiver uma diferente, ela vai adorar.
Na barraca do Maranhão provei o melhor abacaxi do mundo – os preços variam entre R$3,00 e R$5,00… já grelhei com manteiga e já comi tudo, sinto mu
ito não vai dar para oferecer… fiz suco com a casca, talvez ainda tenha um pouquinho… Eles tem mel também, mistura de silvestre com eucalipto, de abelha italiana – não entendo de abelha mas o mel é ótimo. Provei um mingau feito do mesocarpo do babaçú, que é a parte que fica entre a semente de onde retiram o azeite e a casca… é um alimento super proteico e delicioso, aprovadíssimo. Eles também trouxeram tiquira – a pinga de mandioca.
Na barraca do Sergipe provei um mel delicioso também, silvestre, proveniente da Mata Atlântica que ainda sobrevive por lá… e uma melancia divina.
Na barraca do Ceará eles tem manteiga da terra (produção de manteiga super artesanal) e uma alga ultra nutritiva também que pode vir apenas seca, para ser comida como uma macarrão ou em fibras para misturar na salada, etc… A alga em pó já acabou. Será que foram eles que trouxeram a cajuína? Agora já não sei mais…
Estou simplesmente louca pelos inhames… acho que estou louca por tudo… a gente fica comendo estas frutas e verduras produzidas em larga escala, ultra padronizadas e quase esquece o quanto a natureza pode ser caprichosa.
PS: tem uma programação extensa de shows, comida regional no local, tudo muito bacana.